Tem coisas que não mudam. Infelizmente.
O que nos faz
Tão diferentes
Uns dos outros?
Uns levam o dinheiro sorrateiramente ao bolso
Outros o escondem em bancos suíços
Antigamente os escravos escondiam no cabelo pó de ouro
E desde então se constata que os valores foram mesmo esquecidos.
Por quem?
Pelo brasileiro ou pelo mundo inteiro?
Não sei, quem sou eu pra saber?
Mas a ordem é dos ricos e quem morre são os pobres
Foi isso que ouvi dizer.
Pra mim não há diferença entre rico e pobre
Entre branco e negro
Entre ser humano e ser humano
Mas a mídia não pensa assim, dou-lhe um exemplo
Um branco rico e um negro pobre se envolvem
Com má companhia, carregam consigo o revólver
E cheiram cocaína.
O branco é usuário, o negro é traficante.
Essas serão as palavras usadas na próxima manchete. Repugnante.
Em letras garrafais a morte e a visão bifurcada
De detalham e se talham
Quase como se estivessem armadas.
E não existem aqueles que fazem uso da sinceridade?
Claro que existem, mas sua expectativa de vida
É pequena demais.
Foi que aconteceu com Herzog, Badaró e Marat,
Mortos por estamparem a realidade.