NOITES DE VIGÍLIA
Noites intermináveis, noites de vigília,
Ouço um fado, escrevo poesia,
Desejo amar alguém,
Meu maior bem.
Este inconformismo que me invade,
Sinto sem alguma explicação,
Faz-se doer meu coração,
É pura maldade.
Toma conta de mim tristeza profunda,
Como barco que no mar se afunda,
Sou salvo por um salva-vidas,
Lançado por minhas amigas.
Vida amarga com sabor perfumado,
Do sal que eu terei provado,
Quando me abandonaste,
Sem possível resgate.
Nestas noites que passo de vigília,
Não durmo, nem sequer sonho,
Só penso no que mais amo,
Para não me causar dano.
Quanto mais se prolongam as noites,
Mais inspiração tenho para poetar,
Enaltecendo o amor e a natureza,
Razão da minha existência.
Ruy Serrano - 26.11.2015