Monólogo da Involução

A umidade pantanosa me é suspeita

Das minhas crenças sutilmente atadas

A calamidade venenosa assim refeita

Criam tarefas e tarefas em encruzilhadas.

Posto que o torpor não me espanta

Cada hora a palavra torna-se turva

Gosto deste porvir que não me encanta

A espera é um sorriso isento de curva.

Este canibalismo temporal em consumir

O tempo, a si mesmo e toda a existência

A massa espiritual segue em expandir:

O caos, o cataclisma e a volátil insistência.

Até que o meu silêncio servil em ser vil

Reaja conforme a sútil necessidade

Quando o fim de tudo estiver por um fio

Interaja com a diagnose da realidade.

O Dissecador
Enviado por O Dissecador em 25/11/2015
Código do texto: T5460737
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2015. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.