Lobo em pele de cordeiro.

Você contempla, enquanto minhas mãos macias.

Tornam-se garras ásperas.

Enquanto meus lábios suculentos.

Tornam-se presas pontudas.

O calor do momento.

Fez-me, arrancar minha pele.

E mostrar meu verdadeiro eu.

O meu eu escondido.

Agora, você teme o meu toque.

Com medo de ser arranhada.

Meus dedos, tão gelados.

Tocando os seus lábios.

Um lobo em pele de cordeiro.

Lambendo a mão que afaga.

A mesma, que apedreja.

A pequena e pobre ovelha.

Desconhecendo o lobo por dentro.

Henrique Sanvas
Enviado por Henrique Sanvas em 24/11/2015
Reeditado em 07/09/2020
Código do texto: T5458943
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