Lobo em pele de cordeiro.
Você contempla, enquanto minhas mãos macias.
Tornam-se garras ásperas.
Enquanto meus lábios suculentos.
Tornam-se presas pontudas.
O calor do momento.
Fez-me, arrancar minha pele.
E mostrar meu verdadeiro eu.
O meu eu escondido.
Agora, você teme o meu toque.
Com medo de ser arranhada.
Meus dedos, tão gelados.
Tocando os seus lábios.
Um lobo em pele de cordeiro.
Lambendo a mão que afaga.
A mesma, que apedreja.
A pequena e pobre ovelha.
Desconhecendo o lobo por dentro.