Contra-ataque
O olhar furtivo que oferece carinho,
E nem percebe a própria perfídia;
Imagina amante outro que sozinho,
Ainda busca ciscos para seu ninho,
Mas, quer fato novo, “furo” de mídia...
Será mal amada que dormindo a dois,
Foge da mesmice pintando um três?
A fuga da cabra que se daria depois,
o alienado, pra não dar nome aos bois,
teria um intruso a fazer o que não fez...
Águas parecem limpas mas, recuso nadar,
não obstante, toda uma geração que nada;
o temor de colher tolhe também, plantar,
adultério, esse insano, começa no olhar,
sexo é só a medalha, a linha de chegada...
Sempre há riscos nesse duro jogo da vida,
ingenuidade foi expulsa, isso me consola;
mesmo com dez a danada segue aguerrida,
tá inda zero a zero, quase no fim da partida,
mas, pelo menos, tenho mais posse de bola...
Nós carecemos retomar bolas, que ao léu,
Chutamos quando escrevemos a história;
morte segue mandando muitos pro beleléu,
apenas peregrino cá, sou cidadão do céu,
e empate fora, tem sabor de uma vitória...