Apenas um

Não entristeça mais os meus olhos

Juraram não chorar, e ainda choram

Vê, vida passa, lágrimas ainda colho

Surto entre poemas que me devoram

Na selva de todo dia, apenas um leão

O rei dos reis, e cujo urro, amedronta

Assusta coração, em solitária solidão

O respirar com calma, a alma afronta

A paz é promessa esperada, inabalada

Na fé, que acompanha os dias, sangro

Por entre palavras espinhosas e calada

Sigo, perdida entre versos e os arranjos.