Conclave

As conquistas que amor próprio consegue,

Fazem jus ao troféu da vergonha na cara;

Sei, que não são as que a maioria persegue,

Mas, quem logra sabe, o quanto são caras.

A paixão reforça às grades do seu presídio,

Mas, o sonho de liberdade viça o menino;

Que foge dessa sorte rasteira, qual ofídio,

Prefere o brio altivo e solo, do voo aquilino...

Não que seja senhor dos rumos do coração,

não podendo não sentir, ao menos, anula;

aguardando simbiose, quando os dois são,

não a exploração, quando um manipula.

O jogo de amor só vale se termina empate,

É perdedor precoce quem a vitória procura;

Enquanto dúbio, esse conclave se debate,

Que a chaminé eleve, sua fumaça escura...