Averbar
O mundo entra em guerra
Onde a natureza se emperra
E nossas bocas viram balistas
Imensuráveis especialistas
Dizer o sim
Com fome de não
De não dizer, de silenciar, de armar
Venenos, poemas
Porque poemas são venenos na boca maldita
Na pena, mergulhada na tinta da escrita
É o demônio quem sussurra
Viver assim
Porque então?
De não ser, do resistente ar, de amar
Engenhos-poemas
Porque poemas são plenos na boca que grita
Na cena, marulhada no oceano que a recita
Sou o ozônio, sou tessitura