Averbar

O mundo entra em guerra

Onde a natureza se emperra

E nossas bocas viram balistas

Imensuráveis especialistas

Dizer o sim

Com fome de não

De não dizer, de silenciar, de armar

Venenos, poemas

Porque poemas são venenos na boca maldita

Na pena, mergulhada na tinta da escrita

É o demônio quem sussurra

Viver assim

Porque então?

De não ser, do resistente ar, de amar

Engenhos-poemas

Porque poemas são plenos na boca que grita

Na cena, marulhada no oceano que a recita

Sou o ozônio, sou tessitura

O Dissecador
Enviado por O Dissecador em 19/11/2015
Código do texto: T5453490
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