Duvidaremos

Somos nós os estranhos do mundo

Os corações roídos por foices

A solidão banhada em quase tudo

No entanto somos ainda tão doces

Tão jovens, pra quê?

Nós que agora chegamos sem crer

E saímos assim sem nada ter

Sem ninguém amar

Sem nunca saber - de quê?

Duvidaremos então

De todos os feitos meus

De todas as chuvas nos telhados

De deus