AUTOS papos

À meia luz

Suspiro estes versos

Coração meio confuso

Olhos entreabertos

Cansada de meias verdades

Conversas vagas, meio incompletas

"Falácia", palavra em alta

Muito se fala, pouco se conversa

Gritamos no telhado

Quiçá alguém nos ouça e credite

Assusta-nos o grito silente

Amordaçada está a alma para que não grite

Energia

Para não perder o que não temos

Noite e dia

Na busca do que não queremos

(E nem precisamos)

Houve troca?

Já não lembro

Se abrimos mão da empatia

Por certo, saímos perdendo

Está tudo bem, nosso coração é de pedra

Mas ele nos servirá de escudo

Nos manterá estupidamente seguros

Livres de tudo... Para continuarmos a falar

Aos nossos telefones mudos