Homens feito Pano
Pendurados sem liberdade
Estão os homens feito pano
Quiçá na pupila tua apareça
Um barbante atado nas pontas
Varal no meio do quintal
Freme presas as cores
Na madeira que pendura roupas
São panos prisioneiros sociais
Algodão colhido no campo
Chumaços brancos de nuvem
No tear transformado em fio, tecido
Tingidos em matizes adequadas
Levado a sociedade costureira
Modelados em corpo humano
Costurados com grande zelo
Tornam-se segunda pele
Pertence de seus senhores
Secam agora nos varais
Homem despido aguarda!
Suas vergonhas descobertas
Acha isso tão natural
Enquanto expõem-se no varal
Obs.:Nem só de inspiração vive o poeta, vive de loucuras às vezes...eis uma das minhas rsrs. Abraços a todos vocês que me visitam. Meu carinho eterno, enquanto eu viver.