Estrada de vidro

Será meus olhos sem visão

Nessa estrada transparente?

Será meu corpo solitário

Nesse desencontro descontente?

Tua sombra permanece

Na infinita estrada sem cor,

Olhar causa incerteza

Será você o meu amor?

Tão pouco quis enxergar

A verdade que me cercava,

Gritei aos quatro cantos

Será ela a minha amada?

Não quis acreditar

Tua sombra eu não via,

Meu reflexo reluzente

Mostrou você em minha mente.

Ando por essa estrada

Procurando te reinventar,

Um estalo chega em fúria

Calando minha lamúria.

Caio lentamente no espaço

Chuva de vidro me persegue,

A dor já desconheço

E no infinito desapareço.

Teresina, 30.10.15

Marta Santana
Enviado por Marta Santana em 13/11/2015
Reeditado em 25/03/2024
Código do texto: T5447488
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