Incessante Tempo

Incessante Tempo

Corra...corra incessantemente

Desespere-se sem jamais pensar

Não há o que viver plenamente

Corra...corra sem onde se guiar

Tic Tac, Tic Tac, segundos passam

Passa a vida, passa despercebida

As batidas contundentes alucinam

Inquietante mover-se entorpecida

Momentos passam em alta velocidade

Atormentado, preso neste paradoxo

Não viva, não! Perca-se em futilidade

Quebra-cabeça incompleto, inortodoxo

Sinta seu cérebro desesperado

Incapaz de continuar nesta loucura

Seu corpo jaz sem forças, esgotado

Passa o tempo, aumenta a amargura

E no limite entre loucura e razão

Lágrimas copiosas banham seu rosto

Labirinto insano arrasta-se no chão

E se vê ruir fragmentado e decomposto

Eduardo Benetti

Eduardo Benetti
Enviado por Eduardo Benetti em 11/11/2015
Código do texto: T5445018
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