Incessante Tempo
Incessante Tempo
Corra...corra incessantemente
Desespere-se sem jamais pensar
Não há o que viver plenamente
Corra...corra sem onde se guiar
Tic Tac, Tic Tac, segundos passam
Passa a vida, passa despercebida
As batidas contundentes alucinam
Inquietante mover-se entorpecida
Momentos passam em alta velocidade
Atormentado, preso neste paradoxo
Não viva, não! Perca-se em futilidade
Quebra-cabeça incompleto, inortodoxo
Sinta seu cérebro desesperado
Incapaz de continuar nesta loucura
Seu corpo jaz sem forças, esgotado
Passa o tempo, aumenta a amargura
E no limite entre loucura e razão
Lágrimas copiosas banham seu rosto
Labirinto insano arrasta-se no chão
E se vê ruir fragmentado e decomposto
Eduardo Benetti