INTROSPECÇÃO 

Navegando por rios introspectivos
Sou acarretado por questionamentos,
questionamentos  que não são só meus    
Por que a alvorada sorrir para todos.

Mas as buscas intangíveis nos perturbam 
E as letras que nascem nesta tela eletrônica 
Se mostram por demais incisivas...

Onde eu afoguei os meus sonhos?
Onde abandonei os meus planos?
Ou será que ainda há tempo?

Tempo para mudar o curso
E traçar uma rota audaciosa 
Ainda que seja rumo ao abstrato
Mas que ao retornar...
Eu possa tornar concreto
Tudo o que é significativo para mim,
Tudo que preenche o meu ser

Realizações que me farão sorrir
Por que o coração estará compelido,
Compelido de glória, simplesmente
Por estar fazendo algo...
Que sonhei todos os dias de minha vida

Não que meu sorriso seja falso
Ou que meu coração esteja amargo
Mas certamente o brilho é encadeante 
Quando sabemos que em cada amanhecer 
Estamos subindo os degraus,
Os degraus dos nossos sonhos
Por labutarmos naquilo que amamos

Quando sentimos que o que fazemos
Não irá mudar o mundo,
Mas poderá torná-lo um por cento melhor
Agora se formos milhares praticando este bem

Ah, nobres poetas e amantes da poesia...
Os jardins de nossas casas estarão
Floridos com os sentimentos do bem,
Com os sentimentos da partilha 

Não da partilha intencional ou dogmática,
Mas sim aquela que dá com a destra
E segreda este ato entre você e o seu irmão

Neste dia memorável...

As borboletas dançarão o balé mais lindo
Que a garotinha bailarina sonhou...
Elas dançarão o balé da paz
Por que a humanidade se humanizou
E o mundo finalmente redeu-se ao amor.




( Fábio Ribeiro - Nov/2015)

Crédito de Imagem:
Rio Negro - Manaus-Am