Olhos do cego.

Aos olhos dos cegos.

A mancha, de uma noite eterna.

Abriram-se novos olhos.

Um novo ponto, para uma nova visão.

As janelas dos olhos.

Muito enferrujadas e fechadas.

Não há alvorecer.

É sempre noite.

Ele cheira as rosas.

Mas, qual é a cor?

Será que a cor realmente importa?

Apenas os espinhos, que ele receia.

Henrique Sanvas
Enviado por Henrique Sanvas em 03/11/2015
Reeditado em 07/09/2020
Código do texto: T5436479
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