Babuana
BABUANA
babuana, traga-me o vento
a tarde é quente
primavera que finda
ensina-me o valor das palavras
sopre-me o significado vão do que digo
cansada de perscrutar o nada
invento uma história
(que não a minha)
de minha história estou cansada
as imagens amontoam-se
e delas já não quero precisar
babuana, todo mundo inventa
uma história na qual acreditar
um espelho onde se mirar
e um nome para o outro lhe chamar