Fugidios!
Fugidios!
...
Os campos estão espessos
Brotam sapos a coaxar delírios
E nas ruas as línguas:
Amordaçadas
as papilas lodosas borbulham
embriagadas de vozes
Mortas e sufocadas:
Indecisas
Empoçam de fel as entranhas
Se drogam em murmúrios
Devassos são os dias libertos
E os sapos pulam fora da salmoura
Em paraísos estão acastelados
Abastecidos de Aleluias na primavera
Ah e o tempo vem de trás para frente
Tempestade de horrores açoitam
A rainha que voava fertilizando o campo
Ai de nós, ai de nós!