Abrupto
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Abrupto
Neste instante estou retumbante
e meu desejo é permanecer feliz;
em júbilo que exorbita constante,
por um triz.
O tempo, todavia, sempre escapa,
revelando incertezas que apavoram...
E na chuva, sentindo frio, sem capa,
meus medos afloram.
Se temo o tempo ou se ele me teme;
se exagero ou se deliro na comparação.
– Que importa! Abra a porta, irmão!
Quebrei o leme...
Estou no tempo e ele me incomoda...
Que significa? – Que estou vivo!
Pena que o tempo não se desdobra.
Por isso, sobrevivo.
Fortaleza-CE, 1º de Dezembro 2012.
17h53min
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