Manto de robustez

Porque não bebes?

Porque não fumas?

O que escondes?

Não te enturmas?

Não me digas;

Que não és suscetível;

À segregação e às intrigas;

De certeza que não és perecível?

Já que resististe à pressão;

Dos primeiros versos;

Passemos a outra visão;

De pensamentos mais intensos...

A adição de algo que não aprecias;

Nada mais é que um paradoxo;

A tua individualidade e respetivas manias;

Te tornam um ser com nexo...

És humano;

Portanto tocas o universo;

E atrais o desengano;

Expandido e intenso...

Bramidos quando necessários;

Nas rusgas dos pleonasmos;

Deixa de lado os agrados;

Marca o sentido dos espasmos...

Sê íntegro no que fazes;

Por mais que te cuspam na cara;

Certo dia a esses seres audazes;

Nem as pedras da calçada os amparam...

Proficiência na geometria do entusiasmo;

Uma pitada de bom querer;

Com laivos de sarcasmo;

O importante é bem viver...