Confissão
Deleitar-se em cada vão momento
Fazer de cada vão momento
Uma escada de sonhos.
Fazer de cada sonho um novo começo
Não deixar que cada começo vire algo tropeço.
Segurar o coração na mão
E chorar com ele na hora do adeus,
Mas já sabendo que a mudança
De cada vão momento ficará no peito.
O vulgo observa de longe,
Mas não entende nada
Só nós sabemos de perto para onde vai essa jornada.
Desde já a Margarida deixa um recado fiel
“Que seja infinito enquanto dure”,
Mas que não acabe em um fim cruel.
O desejo tênue pode se voltar contra o forte,
mas jamais poderás voltar-se
Contra uma pérola.