Genealogia Epistemológica em Nietzsche.

Para Nietzsche o conhecimento.

Tão somente interpretação.

O sentido cultural dado às coisas.

Desse modo é impossível a explicação da realidade.

Com efeito, todo conhecimento pleno uma ideologia.

Não existe o saber pronto acabado.

O entendimento é quase sempre uma projeção da memória.

Portanto, qual a tarefa fundamental da Filosofia.

Auxiliar sistemicamente na interpretação do mundo.

Diminuir a ideologização do conhecimento.

O trabalho interpretativo desenvolvido pela filosofia.

Tem como função hermenêutica.

Desmascarar o mundo da linguagem mistificada.

Fazer com que as coisas sejam concretas.

Acabar com as verdades metafísicas eternas.

Sua genealogia da decifração epistemológica, magnificamente.

A exegese das lacunas por meio da filologia.

O que não foi dito, a repressão do pensamento.

Quando o mesmo é sistematizado.

A verificação das ideologias absolutas.

O espaço e tempo de sua produção.

Desse modo, a grande tarefa interpretativa.

Como resgatar o conhecido substancial.

Que antes fora manipulado propositadamente.

Portanto, a principal tarefa da filosofia superar a metafísica.

A ideia de deus.

A maldição do pensamento helênico.

Sobretudo, do movimento platônico.

Muito bem sintetizado no seu livro o Anticristo.

A ideia da alma de outra vida.

Uma ilusão do paganismo grego.

Para Nietzsche.

O único critério que impõe a vida é a verdade.

Não tem finalidade fazer da fantasia a realidade.

A religião é pura ilusão.

Motivo pelo qual não tem sentido à vida.

Do mesmo modo deus.

Os modelos culturais que não levam ao homem.

A construção da liberdade.

O motivo da defesa do super-homem.

Superação de modelos que fragilizam os sapiens.

Entretanto, o conhecimento é desenvolvido por meio de metáforas.

O saber tem a lógica de proporcionalidades relativas.

Então como privilegiar o conceito.

Se as coisas só são percebidas em seu devir constante.

Cada metáfora uma intuição individual.

Motivo pelo qual escapa dos conceitos ideologizados.

Como resíduo de suas acepções.

A pergunta fundamental.

O que é a verdade.

Um esquadrão móvel de metáforas, metonímias.

Relações humanas retoricamente manipuladas.

Transferidas ideologicamente.

Usadas pelo senso comum.

Como produtos de uma cultura inferior cientificamente.

Transformam em ideologias sólidas e maléficas.

Fortalecendo o ser degenerado

Verdades canônicas obrigatórias.

Que sustentam a um mundo ilusório.

Metáforas iguais a uma moeda sem efígie.

Cuja ideologia está no metal e não na realidade.

É necessário o desmascaramento do mundo.

Professor: Edjar Dias de Vasconcelos.

Edjar Dias de Vasconcelos
Enviado por Edjar Dias de Vasconcelos em 12/10/2015
Reeditado em 13/10/2015
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