O sentimento da tristeza.

2015.

Brasil.

O mundo não seria o mundo.

Mesmo sendo o mundo.

A realidade seria diferente.

Mesmo não sendo a realidade.

A ilusão seria a imaginação.

Bastaria o sapiens não ter existido.

Tudo seria diferente.

Apenas o nada.

Quais são as proposições.

A existência do medo.

Tão somente as sombras dos sonhos.

Se não tivesse havido.

As intuições perdidas.

A percepção esquecida.

A vida desconstruída.

As coisas não teriam significações.

O que foi de fato cessado.

O desejo representado.

Ideologias dispersas.

A compreensão cognitiva.

O jogo do domínio.

As regras da concentração.

Retendo o destino esquerdicizado.

Não mais existe.

Uma força assombrosa.

Impera o reino do ódio.

O mundo presente.

As coisas não mais seriam.

O entendimento da existência.

Qualquer tupiniquim grita.

Parecendo gente.

Que mundo é esse.

A experiência.

Fadada à vontade inclusiva.

Desse modo, não mais existe.

Sem humanismo.

Somente o racionalismo individualista.

Dane-se a tranqueiragem iluminista.

Um monte de pés raspados.

Gritando a liberdade.

Sem entender os grilhões cruzados.

Amortalhados.

Mundo perdido.

Para os infortunados.

O silêncio absoluto dos espertalhões.

Como se desejasse reverter à sorte.

Dos vendedores da mais valia.

Nesse instante.

A repetição da tragédia.

Substanciada na farsa.

O que virá depois.

A maldição da sorte.

Não mais existirá a possibilidade.

Da epistemologia tentada.

O caminho tão somente a exclusão.

Dos olhares indefinidos.

A tristeza eterna.

Da escravização contínua.

Explicitado a análise das recordações.

Das elites organizadas.

Os delatores piões diplomados.

Das instituições reacionárias.

Sonhando lucros.

Os pobres desgraçadamente assassinados.

Edjar Dias de Vasconcelos.

Edjar Dias de Vasconcelos
Enviado por Edjar Dias de Vasconcelos em 11/10/2015
Reeditado em 11/10/2015
Código do texto: T5410856
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