Tapera.
Tapera...
Esta carcaça trêmula e envelhecida,
que abriga tosca e tão imperfeita alma.
Encarquilhada. Mais que lerda. Emurchecida.
Que não encontra e já nem concede calma.
É qual tapera de um sonho doce alentado...
De juvenis aspirações. De seus amores.
É traste triste. É qual mango abandonado.
É poncho velho. Esfarrapado e já sem cores.
Pobre de uso, que nenhuma serventia,
já mais não dá, apenas que meras lembranças,
em cada dobra, a se abrigar, no velho pano.
É xiru velho, cuja única ousadia,
é recordar o pampa, nas suas andanças,
a esperar pelo seu último minuano.
Aécio.