MALDITO CÂNCER DE MAMA

Ah! Câncer de mama,

não sabes o tanto

que fazes infeliz

a mulher que ama.

E vive pelos cantos

em medo medonho,

de ser exposta à luz

da tenebrosa vergonha,

de já não ter o anseio,

lhe foram arrancados

parte da sua beleza,

na forma de seios.

Deu-se à tristeza.

Apagou-se a chama.

Acabou-se o brilho

dos lindos mamilos.

No peito vazio

lágrimas em rio.

Há cura no corpo.

Porquanto na cama,

a alma ainda inflama.

Ah! Vil câncer de mama.