NOSSOS JARDINS

Visitei um jardim encantado

de flores perfumosas e belas.

Confesso, fiquei fascinado,

com as rosas azuis, amarelas,

brancas, vermelhas, que pecado,

ia esquecendo daquelas

que dão o nome sagrado,

pois rosas são rosas singelas.

E lá os brancos cravos, ciumentos,

da beleza que elas transmitiam,

olhavam as margaridas, sedentos,

pelo amor que elas possuíam

mas pobres cravos azarentos,

pelos lírios elas se derretiam.

Os lírios altivos, no entanto,

indecisos entre as bromélias,

alimentavam um tanto,

de carinho pelas camélias.

No fundo as flores somos nós

na vida, nossos jardins,

acompanhados ou sós,

buscando pares afins.

Télio Diniz
Enviado por Télio Diniz em 30/09/2015
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