NOSSOS JARDINS
Visitei um jardim encantado
de flores perfumosas e belas.
Confesso, fiquei fascinado,
com as rosas azuis, amarelas,
brancas, vermelhas, que pecado,
ia esquecendo daquelas
que dão o nome sagrado,
pois rosas são rosas singelas.
E lá os brancos cravos, ciumentos,
da beleza que elas transmitiam,
olhavam as margaridas, sedentos,
pelo amor que elas possuíam
mas pobres cravos azarentos,
pelos lírios elas se derretiam.
Os lírios altivos, no entanto,
indecisos entre as bromélias,
alimentavam um tanto,
de carinho pelas camélias.
No fundo as flores somos nós
na vida, nossos jardins,
acompanhados ou sós,
buscando pares afins.