Amparos de Freud
Um sinal, um farol ou tal assalto
pra desfazer dos tecidos do ouro
pro que vale do caminho alto
foi levado os bens e o couro
Pergaminhos nobres
colocados a cabaça
a contramão do aviso
das escadas do metrô
O pajé cresceu em ti
curandeiro dos acordes
dos dentes maternos
e dos amparos Freud do pai
O Príncipe de Barba, corre atrás
dos princípios e foge das tintas
corre e cospe contra os profetas
de jaleco, de carteira e de lousas
pra isso não basta quintas
Pontos não podem servir de existente
e pros comentários e narizes torcidos
não pajé nunca foi vencido
preparo as cartas
e a partida dos enlatados que rasgam
rasgam asfaltos do outro lado de tal São Paulo
Fico com o xamanismo pro errante
ser andante, a qualquer patrono
e que as células
continuem a alotrópica do carbono