Vicejante e amante
Da dureza, áspera e seca, encontrastes o caminho.
Brotas, surges, predomina teu instinto.
É vida, sublime e sarcástica,
não para e não larga mão
de produzir nó em pobre coração.
Sei que não respeitas,
os limites, as queixas...
simplesmente nasce, no chão seco da dúvida.
E de repente sua presença abarca,
a dor, o amor, a certeza.
E me vejo como ramo verde em terra seca...
aguardando a mão que replanta
que canta, cuida e aceita...
meu verde limitado no chão das durezas,
mas verde consolidado, pelas poucas certezas.
Se me regam, verde vicejante me ofereço...
se me esquecem, eu não me esqueço.
Se na dureza da vida eu broto,
na glória do céu eu floresço.
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