Minhas desculpas à lua
Ontem olhei a lua de relance
e nem prestei atenção nas estrelas.
Entrei tao rápido em casa
que assustei as cadeiras.
Acho que nem as pegadas me iam.
O vento batia na porta estragando o silêncio.
A janela fechava a cortina.
A luz apagada:
precaução com a proliferaçao de cores.
Restava alguns metros vazios
e alguns desejos tão rasos,
que se escondiam do espelho.
Estava quase dormindo,
e me deu muita vontade de olhar as estrelas.
Mas já era quase de manhã.
Me deu tanta saudade,
que eu quase chorei.
Há quanto tempo eu não vejo uma estrela!
(esse poema foi escrito em noite de lua cheia, que olhada em relance, se faz tão minguante, que evapora as estrelas)