NÃO COMPRE A MORTE
Um homem foi comprar cigarros
E na esquina comprou a morte
Uma donzela cheia de sonhos
Foi se encontrar com o namorado
E a morte foi sua triste realidade.
O jovem que passeava de bicicleta
Foi derrubado pelas mãos da morte.
O pai estava feliz naquela noite
Mas a morte lhe tirou o sorriso.
Uma mãe, no peito alimentou seu filho
E este retribuiu oferecendo-lhe a morte.
A rua estava dormindo em silencio
Mas a morte lhe sondava atentamente.
Muitos estavam rezando e pedindo vida
Outros estavam implorando morte.
Em alguns lugares a vida era mostrada
Mas muita gente só queria ver morte.
O amor oferecia sopa, carinho e amparo
Para que a vida ressurgisse da morte
E a dor se transformasse em cicatriz.
Mas isso não era mostrado na mídia
As pessoas preferiam comprar morte.
Na praça o poeta cantava seu lamento
E nele o poeta implorava a população
Não compre morte, valorize a vida.
Lu