A LEVEZA DOS VENTOS

Sereno frio na noite em que todos tomaram os sabores de suas mágoas,

Sem saber como abandonar o orgulho, se ferindo cada vez mais,

Esperando o que não viria, e abandonando o que já estava lá,

Contradições de nossos dias.

As pessoas choram pela flor que se secou,

Mas o que fizeram para isso evitar?

Para afastar o frio podemos usar um agasalho,

Mas um abraço além de aquecer, desperta um aconchego e liberta da solidão.

As coisas acontecem quando devem acontecer,

Mas nos afligimos querendo adiantar os passos.

Lembra-se de quantas vezes se sentiu sem forças?

Às vezes tudo parece fora do alcance.

Mas sempre há uma forma para aqueles que querem vencer,

As ansiedades entram sem avisar, mas convide-as a sair,

Um passo por vez, entre o hoje e o depois de amanha, há um amanha para se viver.

Se no caminho a chuva te surpreender e desprevenido se encontrar,

Olhe para as nuvens e dance como a leveza dos ventos,

Você é mais que um sonho perdido, você é mais que uma frustração,

Encontre-se, e veja as possibilidades que ainda não foram descartadas do jogo.

Não se prive dos arranhões se desejar uma rosa,

Realize como se fosse à última vez, os dias podem mudar,

Afinal quem te garantirá quanto tempo ainda temos,

Cante como se aquele fosse seu último suspiro, e ame como no primeiro amor.

Leonardo Guimarães Rosa
Enviado por Leonardo Guimarães Rosa em 23/09/2015
Código do texto: T5392422
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