Vinhoto

Lanternas acessas,
alma escancarada,
o dia termina
e a labuta foi manchada;
pelo suor do meu trabalho,
minha dignidade foi elevada.
No resto de luz que se esconde,
o horizonte descortina minha estrada.
Serei eu um viajante sem nome?
Ou serei apenas uma lápide enfeitada?
Apaga-se a luz que impedia,
o foco que fugia e ofuscava,
foi assim que o registro se deu,
das canas de vinhoto encharcadas.
Volta! Oh dia cansativo.
Volta para registrar com dádiva,
a vida que passa e se esquiva,
da luz, da lápide, da vinhaça.
Photo by F©
Fábio G Costa
Enviado por Fábio G Costa em 21/09/2015
Reeditado em 21/09/2015
Código do texto: T5390011
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