4 0 0 0 F A L A R E SAUDADES

FALAR.

Élio Cândido de Oliveira.

Inspecionar, a mente, o subjetivo, até então se perder.

Sorrir, atualizar, no alto senso de nosso próprio ser.

Termino, preciso então, um ponto imaginar

As avalanches que o momento traz, e até tudo cancelar

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Falar, imaginário, quem sabe, tudo confessar.

Lavagem cerebral, qual pode processar, a estagnação.

Rolo compactador de superioridade, que tem que se acatar

Urgentes necessidades, de se ir à ação.

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Proporcionais, um jeito quase que rouco.

Encontro que se faz que determine força bruta, como loucos.

Holofotes, que se interligam, uma mídia incoerente.

O fato, o ato, a realidade, tão insignificante.

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Entendemos que a frase vem assim soprar, delas momentos.

Vem de outros lados, um, a ser angariado.

Disparos frios, bombas lacrimantes, feridas, se formando.

Então! No veludo dos assentos. De lá sim parado, estou sem falar.

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SAUDADE

Élio Cândido de Oliveira

Escuro de pensamento, clareado pelo amanhecer como me fixar, induzir a momentos de amar, de amortecer. Relances de uma vida que desenfreada caminha, e assim, dela o reconhecimento. Viver.

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Fé, articulação que se manuseia, e se ordena, do dom da mensagem, que vem adocicada pelo fraquejar. Voltar do refugio, do martírio, dos dias do debilitar do envoltório carnal, à falta do amor.

*-*

Entre o tempo e do espaço, cria a presença, a forma saudade, que não pede licença, simplesmente apodera, pior com a presença, do que chamamos de ausência, materializa na visão foge sem despedir.

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Na rua, na noite, dia ou qualquer dos momentos a estar, o sorriso farto do transeunte, da criança que empina uma pipa, da beija flor sugando o néctar, o olhar perdido, saudade a imagem a sempre se ver.