DILETANTE
Diletante
Diletante é ser feliz,
Captando as mensagens cotidianas.
Respirar todo o ar a sua volta
Filtrando a pureza nele contido.
Extremar o êxtase das cores
Tocando-as com a visão
Que lhe propicia.
Visualizar a prenhes
De uma donzela
Sentindo toda a beleza,
E o mistério que nela
Encerra-se!
Filtrar as maledicências
Para que não se espalhem
Sem trela.
A esponja das mazelas.
Auscultar as batidas do coração
E silencia-las .
Despertar de um sono
Sem dar conta
De que tenha dormido:
Pois a sensação
De ter vagueado
Em um tapete mágico,
Conhecendo novos mundos.
Sentir o néctar
Sorvido pelo inseto
Da doçura,
Ativando as papilas gustativas.
Em fim, amar... amar e amar,
Por conhecer a morte,
E se deliciar
Com a vida!
Belo Horizonte, 27 de agosto de 2015. Atalir Ávila de Souza