HOMO NALEDI
Debruçado na janela
Dos meus pensamentos,
Menino velho,
Provecto menino
Afagando a alma
Em sensações sutis:
Uma levitação extasiante.
Os ouvidos moucos
No filtro singelo
Exigindo do pássaro
O gorjeio sonoro em
Estribilho constante.
A sombra ondulante
Em suave brisa permanente
Acariciando a epiderme.
O quadro retratado
Que se encerra
Numa moldura extremada.
A natureza hiberna
Para a maturação da espécie
Em constante evolução:
Só o homem contemporâneo
Não sabe esperar
Na forma correta,
Precipitando sua extinção.
Homo naledi,
“Estrela”, maturação!
Belo Horizonte 11 de setembro de 2015- Atalir Ávila de Souza