Poema ao poeta que apressa
De que adianta o fincar da pressa aos dias
se tudo é poesia e faz-se atemporal?
Pois bem, nem tudo;
às vezes oiço coisas vãs.
Mas volto a cercar-te:
qual a valia de botares peso às horas
se os versos aos relógios são atemporais?
Meu caro amigo e poeta,
segundos idos em demasia nos cabem também.