INSÔNIA
Madrugada fria e silenciosamente assustadora.
O tic-tac do relógio, por um instante, quebra o ritmo dessa quietude indesejada.
Insone e inerte vejo as horas, os minutos, os segundos darem adeus.
A juventude lambe minha face e desliza irônica pelo ralo.
A carícia não veio.
O sono e o sonho também não.
A lua adormece.
A vida lá fora desperta.
Aqui dentro, no falso aconchego, somente vazio e solidão.