Do sádico e do lúdico

Versa o verso que te cansa,

que te mora e te balança.

Versa o engasgo contido

e um gostar pontiagudo

que machuca teu sorriso.

Versa teu grifo infinito,

teu sobejar tão transcrito

nas beiras dos gostos teus.

versa o verso que te gesta,

porque és poeta.

Versa o verso que te mata,

porque és poeta.