Desumanidade
Em nome de uma moral cega
Vivemos como chumbo
Em meio às plumas que nos rodeiam
Negamos a gentileza
Em benefício de uma fortaleza estúpida
Fraca, e mal armada (desculpe; errei o erre)
E por essa moral cega e dogmática
Preterimos a ética por entende-la
Sem estética, imoral e sem retorno.
Adotamos a cartilha com dez regras
Para regrar aos mais carentes:
“Não viverás nesse mundo torpe
Onde só há pecado, discórdia e luxúria!”
Atormentado pelo medo espúrio de viver
Sentamos na pedra colossal do comodismo
E nessa lama que é dissolução de tudo
Um macaco sorridente, vira as costas e sai dizendo:
Humano, demasiado... humano.
Jairo Cerqueira