Por nada

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Por nada

Quero a inutilidade do abraço.

Pela importância que ele tem.

Para quê?

Quero a inutilidade da alegria...

A gratuidade do sorriso.

Para quê?

Quero a inutilidade do gozo.

O estorvo de estar a dois...

Para quê?

Quero o contraditório da massa amorfa.

O peremptório poder de divergir...

Para quê?

Quanto custa o teu produto?

Quero comprar alguns quilos...

Para quem?

Nijair Araújo Pinto

Iguatu-CE, 29 de agosto de 2015.

01h54min

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Nijair Araújo Pinto
Enviado por Nijair Araújo Pinto em 29/08/2015
Código do texto: T5362996
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