MEU JUÍZO FINAL
Chegam-me as noites lentamente
As nuvens como leves brumas sobem
A temperatura se eleva
Meus próprios neurônios se explodem
O fogo torna-se algo efêmero
Diante do tédio que me consome
A neve torna-se algo quente
Diante a fria solidão que me destrói
Os oceanos são pequenos se comparados
Com este infinito de lágrimas
Que carrego dentro de mim
A galáxia é apenas uma fagulha
Centelha quase sem vida esquecida
Deste universo escuro sobre mim
Luto pra me desvencilhar deste grilhão
Vinculo inexorável, escravidão.
Destino, desatino muito além do fim.
Aldrava total que me condena
Juízo final que não revoga a minha pena
Tribunal universal que entra em cena
Com a ultima e mais pesada sentença
Não me matar, mas infelizmente viver
Com todos estes mil demônios
Fazendo-me sofrer eternamente assim!