MEU JUÍZO FINAL

Chegam-me as noites lentamente

As nuvens como leves brumas sobem

A temperatura se eleva

Meus próprios neurônios se explodem

O fogo torna-se algo efêmero

Diante do tédio que me consome

A neve torna-se algo quente

Diante a fria solidão que me destrói

Os oceanos são pequenos se comparados

Com este infinito de lágrimas

Que carrego dentro de mim

A galáxia é apenas uma fagulha

Centelha quase sem vida esquecida

Deste universo escuro sobre mim

Luto pra me desvencilhar deste grilhão

Vinculo inexorável, escravidão.

Destino, desatino muito além do fim.

Aldrava total que me condena

Juízo final que não revoga a minha pena

Tribunal universal que entra em cena

Com a ultima e mais pesada sentença

Não me matar, mas infelizmente viver

Com todos estes mil demônios

Fazendo-me sofrer eternamente assim!

Charlis
Enviado por Charlis em 26/08/2015
Reeditado em 27/08/2015
Código do texto: T5360521
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