REALIDADE
Um homem, envelhecido, já nos tropeços da vida,
Debruça-se sobre a mesa, esfolhando seu passado
Sua história o seu caminho andado,
Vendo no infinito,os planos que muito sonhou;
Inconformado, por não poder mais consumá-los,
Emocionou-se em lágrimas, frente a realidade,
Tentando compreender sua fragilidade,
Esse trauma amargo da vida, algo, que nunca pensou.
Pergunta aos céus: porque essa vida e enganosa?
O homem nasce, cresce, procria, trabalha tanto,para que?
De praxe, pouco usufrui do que pode obter,
Muitas vezes,não dorme bem, come mal, a mente ocupada,
Dedicando-se o mínimo, aos filhos a companheira,
Sempre correndo, alheio aos ponteiros do tempo
Que, não param! Não esperam! Aparentando lentos;
Ao despertar, estar velho; nada tendo, fim de estrada.
Assim, prossegue a vida, nessa cultura rotineira...
Nas mesmas ilusões, mesma cegueira e escunas
Nas águas enganosas dos sonhos, garimpando fortunas,
Não espelhando-se em seus antecessores, vítimas passadas;
Essa vida é passageira! Um sorriso fugaz,
Quase sempre,prenúncio de surpresas imprevistas,
Não sendo justo,esse comportamento egocentrista
A limitar a vida, a cisas mesquinhas e antiquadas.
É tempo de subirmos ao palco desta vida, com outro cenário
Vivendo ao espetáculo feliz, dando gargalhadas...
Iguais as andorinhas voando aos céus, sobre estradas,
Levando apenas,suas plumagens a manter seus trajetos,
Sempre voando, sem ostentar beleza aos seus vôos.
Autor: VALMY MOURA COSTA