REALIDADE

Um homem, envelhecido, já nos tropeços da vida,

Debruça-se sobre a mesa, esfolhando seu passado

Sua história o seu caminho andado,

Vendo no infinito,os planos que muito sonhou;

Inconformado, por não poder mais consumá-los,

Emocionou-se em lágrimas, frente a realidade,

Tentando compreender sua fragilidade,

Esse trauma amargo da vida, algo, que nunca pensou.

Pergunta aos céus: porque essa vida e enganosa?

O homem nasce, cresce, procria, trabalha tanto,para que?

De praxe, pouco usufrui do que pode obter,

Muitas vezes,não dorme bem, come mal, a mente ocupada,

Dedicando-se o mínimo, aos filhos a companheira,

Sempre correndo, alheio aos ponteiros do tempo

Que, não param! Não esperam! Aparentando lentos;

Ao despertar, estar velho; nada tendo, fim de estrada.

Assim, prossegue a vida, nessa cultura rotineira...

Nas mesmas ilusões, mesma cegueira e escunas

Nas águas enganosas dos sonhos, garimpando fortunas,

Não espelhando-se em seus antecessores, vítimas passadas;

Essa vida é passageira! Um sorriso fugaz,

Quase sempre,prenúncio de surpresas imprevistas,

Não sendo justo,esse comportamento egocentrista

A limitar a vida, a cisas mesquinhas e antiquadas.

É tempo de subirmos ao palco desta vida, com outro cenário

Vivendo ao espetáculo feliz, dando gargalhadas...

Iguais as andorinhas voando aos céus, sobre estradas,

Levando apenas,suas plumagens a manter seus trajetos,

Sempre voando, sem ostentar beleza aos seus vôos.

Autor: VALMY MOURA COSTA

Valmy
Enviado por Valmy em 26/08/2015
Reeditado em 26/08/2015
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