Bola pra frente
Eis a realidade,
Desconexa como discurso da Dilma,
Sonegando anseios legítimos da alma,
Testando a têmpera e sua vulnerabilidade;
A bem da verdade,
Supunha que era hora de ir pro abraço,
Sem imaginar que restava inda um preço,
Antes de ingressar de vez, em felicidade...
Mas, a coisa é assim,
Porque é, deveras, não por que me parece;
o amplexo anelado para que de vez abrace,
ainda purga-se de ciscos;
claro, que isso atinge a mim,
como dardo preciso que afunda na mosca,
mas, quando é por pedras preciosas a busca,
o prêmio compensa os riscos...
então bola pra frente;
não nos prendamos ao antigo horizonte,
tem horas que ter memória de elefante,
é tiro no pé, erro, doença;
assim, só lembrarei após a gente,
os demais devaneios arquivarei em “Quimera”,
a violência psíquica dessa longa espera,
um instante com você, compensa...