Areias do tempo

As horas na ampulheta agora se afunilam,

E as areias do tempo não se aquietam...

Descem impetuosas e assim até brilham,

E uma magia a esse instante emprestam.

O tempo vencido se rende na rede da vida,

Rendada menina vestida em cores gritantes;

No placebo a recobrir todas as velhas feridas,

A destruir imagens em palavras conflitantes.

Permanecendo em contemplação estonteante,

No sol que se faz assim em tom mais radiante;

Aquecendo o palco dos atores tontos e tantos,

Rodopiando no girar dos dias e seus encantos.