Silêncio poético
Li todo o silêncio sobre a mesa, palavras duras,
Revestidas de reflexões, bem-vinda pertinência;
Convencendo que é o tempo, quem a tudo cura,
Ouvi o arrastar lento entre as linhas, paciência.
Um descrever tão exato, do que penso e acho,
Devolvido poeticamente nessa noite de segunda;
E do outro lado, te vi, revirando antigos espaços,
Gritei, até que a minha voz se fez calada, muda.
O tempo congelou naquele estado, solidez de ato,
E o coração batendo acelerado, mas desconfiado;
Fez da poesia um desabafo, quase um desacato,
Na poética admirável em um silêncio exagerado.