Perdido de mim
Descarto minhas quase palavras,
Meus quase versos, essa quase poesia,
Perdido sem noção exata,
Sem eixo ou maestria.
Despido de mim mesmo,
Na arrogância deste mundo.
Representando a esmo,
Cada recanto de si, imundo.
O medo me caminha o corpo,
Numa caminhada de andarilho.
Mesmo temendo, pouco a pouco,
Vou-me na contramão do falso brilho.
Buscando em cada sermão
A direção, o meu sentido.