Perdido de mim

Descarto minhas quase palavras,

Meus quase versos, essa quase poesia,

Perdido sem noção exata,

Sem eixo ou maestria.

Despido de mim mesmo,

Na arrogância deste mundo.

Representando a esmo,

Cada recanto de si, imundo.

O medo me caminha o corpo,

Numa caminhada de andarilho.

Mesmo temendo, pouco a pouco,

Vou-me na contramão do falso brilho.

Buscando em cada sermão

A direção, o meu sentido.

Alexandre Rodrigues de Lima
Enviado por Alexandre Rodrigues de Lima em 22/08/2015
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