Dor de rio

Dor de Rio

As dores dos rios que se fazem de margem

para o capenga mundo que se enfileira de branco...

onde o mundo rabisca o fim do ar...

e os homens assinam seu sub mundo

Os olhos cegos de dor de asas tantas

perdendo seus lares que caem

enquanto o zunir da lâmina

destrói a imagem do verde na terra

E o azul sedutor que observa

as clareiras abertas na alma

nem sequer pode chorar

pois da terra ja não ha gota, nem viva alma

Seguindo com ternos pretos

vão os homens ditos sérios

sabendo que de seus dedos

nasce todo este imenso cemitério.

Márcia Poesia de Sá - 2009

Márcia Poesia de Sá
Enviado por Márcia Poesia de Sá em 21/08/2015
Código do texto: T5353914
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