Arte, o inverso da fome
A marginalizada arte
Jamais pôde ser a mais certeira opção
Pra se pôr comida na mesa
Nem tampouco é caminho mais curto
Como pensa a multidão...
Não é bilhete premiado com certeza
Mas é eficaz para aliviar
Um superdotado coração
E cessar a gula da uma alma empanzinada
Para que a mesma não viva subjugada
Pela fartura de tristeza...
Pois a sensibilidade sempre custa caro
Agoniza a mente de quem faz reflexão
Mesmo assim o artista se orgulha da beleza
E admira sua proeza em cada nova construção
Tendo o incômodo como matéria-prima
Realiza-se e vira fonte de transformação.
(07/08/2015)