chocolate com pimenta

Essas tramas suicidas que tanto armamos,

numa mescla insana de príncipes e sapos;

crédulos no prolixo blá blá blá, dos planos,

e Ignorando ao conciso discurso, dos fatos;

o plano seduz, claro! seu matiz é mui belo,

o fato serve cru um sushi que não satisfaz;

deveríamos aprender algo do ipê amarelo,

quando quer tapete áureo, ele mesmo faz;

pois, tantos sapatos de ferro a gente calça,

daí pesam, todos rumos, qualquer direção;

ventos oriundos d’uma imagem que é falsa,

até ondulam ao trigo, que jamais vira pão;

entre fugaz e prático resulta sisudo empate,

e uma gota de experiência após a tormenta;

entre poesia airosa com sabor de chocolate,

e filosofia sóbria com seu ardor de pimenta;

todos veem o que não importa pra ninguém,

insanos uivos à lua, de pobre cachorro louco;

poeta é um drogado, cuja a droga é do bem,

onde até lúcidos também “viajam” um pouco...