Premonições

Bola de cristal, não há, e nem visões futurísticas,

E as premonições estão em baixa, nada afloradas;

Por vezes tenho sensações que assustam, místicas,

Momentos fugazes que deixam em alerta, acordada...

Mas confesso, ultimamente não há nada, só um vazio,

Preenchido pelo tempo, modorrento, sonolento, apenas;

O pensar vaga, mas não enxerga nada, deve ser o frio,

Cega meu olhar, de mulher morena, não vim de Atenas...

Ainda que pequena, de vontade plena, sensível, errante,

Perco-me, em desertos ilusórios, de corações sufocantes;

Intrigada por palavras inconstantes, fases da lua minguante,

Esperando pela cheia, poderosa musa dos poetas viajantes...