Versos sonolentos

Então fechei os olhos e dormi

Entreguei meu corpo e deixei a alma ir

Lentamente caía em devaneios

Calmamente me esvaia sem anseios

Liberto pelo mar aberto e lírico

Desperto no navegar onírico

Pleno e lento vagava

Sereno ao vento divagava

Sem medo, apego ou solidão

Sem peso, ego ou ingratidão

Um mundo certo e belo

Profundo em forte elo

Intenso sem estar tenso

Propenso, logo penso

Ativo sem ser altivo

Simples e emotivo

Uma casa de amor

Com asas e um torpor

De braços abertos e ternos despia os véus

Em laços eternos era coberto e rodopiava os céus

Até que enfim o tempo passou

E no fim, o momento cessou

Sem querer, corri e despertei

Então só sorri e espreguicei

Fernando Paz
Enviado por Fernando Paz em 13/08/2015
Código do texto: T5345491
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